28 de Setembro de 1955
No começo do mês de setembro do ano de 1955, alguns cinemas da cidade do Rio de Janeiro estavam exibindo o filme “Rio, 40 Graus”, primeiro longa-metragem do então cineasta iniciantes Nelson Pereira dos Santos.
Na tela, a realidade das favelas cariocas – realidade mostrada de uma forma nunca vista antes no cinema nacional.
O enredo do filme mostra várias histórias se desenrolando ao longo de um típico domingo carioca de calor sufocantes.
Nas entrelinhas do filme, as desigualdades sociais.
O enredo do filme incomodou as autoridades.
Então, num dia como o de hoje, 28 de setembro do ano de 1955, um coronel do Exército chamado Geraldo Meneses Cortes, proibiu a exibição do filme.
O argumento do coronel: o filme de Nelson Pereira dos Santos é mentiroso e o anuário meteorológico do Rio de Janeiro, segundo o coronel, comprovava isso.
Dizia o coronel: nunca tinha feito 40 graus de temperatura no Rio de Janeiro – o máximo apontado pelo histórico meteorológico da cidade era uma temperatura de 39,6 graus.
Inconformada com a proibição absurda, a imprensa carioca fez campanha para a liberação do filme “Rio, 40 Graus”.
A liberação veio logo depois e o filme de Nelson Pereira dos Santos é hoje um dos principais ícones do movimento Cinema Novo – movimento que tinha, entre suas propostas, retratar as raízes e os problemas do Brasil.
Abaixo um vídeo do filme...
28 de Setembro de 1942
Dia em que nasceu o cidadão Sebastião Rodrigues Maia – mais conhecido como Tim Maia.
Não sei se você, caro ouvinte, já sabia, mas Tim Maia compôs a primeira canção aos 8 anos de idade.
Aos 14 anos organizou a primeira banda dele – banda que se chamava “Os Tijucanos do Ritmo”.
Mais tarde, Tim Maia tocou com Roberto e Erasmo Carlos no grupo de rock “Os Sputniks”.
Em 1959, ele foi estudar inglês nos Estados Unidos.
Lá, foi preso por porte de maconha e ficou seis meses preso – depois, foi deportado e voltou para o Brasil.
Nesse período passado nos Estados Unidos, Tim Maia aprimorou seu inglês e não se furtou de fazer várias gravação de músicas no idioma.
Abaixo a Entrevista de Tim Maia no Programa do Jô...
Parte 1
Parte 2
Parte 3
>
Nessas gravações, sempre interpretações marcantes – aliás, marcantes como uma grande parte das gravações que Tim Maia fez até morrer no ano de 1998 aos 55 anos de idade.
No Trem das Onze, Tim Maia em inglês.
Gigantes do Jazz : Miles Davis
Vamos agora para o ano de 1991 – mais precisamente, para o dia 28 de setembro do ano de 1991.
Foi o dia em que morreu um dos maiores músicos da história – um grande artista do jazz, o trompetista Miles Davis.
Ele é o personagem de hoje de uma coluna que, eventualmente, dá as caras aqui no Trem das Onze – é a coluna Gigantes do Jazz.
Por mais de 40 anos, Miles Davis reinventou o jazz com o seu trompete de som único.
Em 1949, ele fundou um estilo de jazz chamado cool jazz (que é uma música mais lenta e melancólica e onde menos notas são tocadas).
Depois, no começo dos anos 1960, Miles Davis explorou o jazz modal – onde o improviso leva mais em consideração os acordes do que a melodia.
No final dos anos 1960, o trompetista já estava em outra – passou a fundir jazz e rock.
Os puristas do jazz ficaram revoltados com Miles Davis por conta disso.
Mal sabiam esses puristas que o trompetista iria ainda mais longe nos anos 1970 – que foi quando ele se aproximou do funk e do hip-hop.
Não satisfeito, Miles Davis passou boa parte dos anos 1980 investindo em um estilo de jazz chamado acid jazz – um tipo de jazz que se mistura com rap e dance music.
Mesmo mudando de estilos ao longo da carreira – aliás, mudando de estilos musicais como quem muda de roupa –, Miles Davis passou a carreira inteira se cercando de grandes músicos.
Foi ele o responsável por algumas das formações, alguns dos grupos, mais notáveis da história do jazz.
Na gravação que você vai ouvir agora, por exemplo, dois grandes músicos que acompanham o trompete de Miles Davis são John Coltrane no saxofone e Red Garland ao piano.
Miles Davis e John Coltrane - So What
Nenhum comentário:
Postar um comentário