quinta-feira, 28 de outubro de 2010

28 de Outubro


28 de Outubro de 1886
Dia em que foi inaugurada, lá em Nova York, a Estátua da Liberdade.
Toda de cobre, a estátua tem 57 metros de altura.
Representando uma mulher erguendo uma tocha para proclamar a liberdade, a estátua foi um  presente da França para os americanos, por conta da comemoração do centenário dos Estados Unidos.
Depois que os franceses a construíram, a estátua completa, pesando quase 225 toneladas, foi desmontada e enviada para Nova York, onde então foi montada novamente.


28 de Outubro de 1962
Dia em que acabou uma crise mundial que, segundo os historiadores, foi a ocasião em que o mundo esteve mais próximo de uma guerra nuclear.
Esse crise ficou conhecida como “crise dos mísseis”.
É que, em plena Guerra Fria entre americanos e soviéticos, a União Soviética instalou mísseis nucleares em Cuba.

Abaixo um Video sobre a Crise.


Os americanos ficaram danados da vida, já que esses mísseis em Cuba atingiriam facilmente o território americano.
Depois de uma negociação das mais tensas, os soviéticos concordaram em retirar os mísseis – desde que os americanos abandonassem qualquer plano de invasão de Cuba.
28 de outubro, um dia como o de hoje, no ano de 1962, data em que os soviéticos retiram os mísseis de Cuba (dando fim a uma das mais tensas crises internacionais da história).


28 de Outubro de 1968
Dia em que estreou na extinta Tv Tupi o programa “Divino, Maravilhoso” – programa que tinha como apresentadores Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa e Os Mutantes.
Dizem ter sido um dos programas mais anárquicos da tv brasileira.
Enquanto Gil cantava, Caetano plantava bananeira no palco.
Gal Costa se deitava no palco e permanecia imóvel enquanto os Mutantes tocavam coisas psicodélicas.

Gal Costa - Divino Maravilhoso

Tudo o que ia ao ar no programa era decidido na hora, sem qualquer planejamento.
O programa tinha direção de Fernando Faro – que fez história na televisão inventando formatos inusitados para a televisão – e era produzido por  Antônio Abujamra (outro nome que tem tudo a ver com a inovação e a provocação).
Mas eram os tempos de chumba da ditadura aqui no Brasil e o programa ficou no ar só ate o Natal daquele ano, 1968 – que foi quando Gilberto Gil e Caetano Veloso foram presos pela ditadura.



28 de Outubro de 1904
Dia em que nasceu um pernambucano chamado Lourenço da Fonseca Barbosa – um sujeito que se destacou no frevo e há até quem diga que ele foi um divisor de águas na música pernambucana.
Lourenço da Fonseca Barbosa entrou para a história da música brasileira com o apelido de Capiba.
Foi um dos maiores compositores nordestinos de todos os tempos e não ficou apenas na música popular.
Em 1949, Capiba conheceu o maestro Guerra Peixe – com quem estudou harmonia e composição e que o inspirou a compor um concerto para piano, flauta, violão, violino e violoncelo.
Sobre Capiba, o maestro Guerra Peixe disse certa vez:

“A música de Capiba é a alma do Nordeste. Ele jamais se afastou da tradição popular e da herança cultural coletiva da região onde nasceu”.
Uma das músicas de Capiba mais conhecidas fora do Nordeste é uma composição que ele fez em 1943.
A cantora Maria Bethânia deve o seu nome a essa canção de Capiba – canção que foi lançada numa gravação de Nelson Gonçalves e que foi gravada por vários outros intérpretes (inclusive pelo irmão de Maria Bethânia, um tal de Caetano Veloso).


Caetano Veloso e a música “Maria Bethânia”, composição do pernambucano Capiba.
Capiba nasceu num dia como o de hoje – 28 de outubro – no ano de 1904.
O compositor morreu em 1997.
Antes de morrer, ele escreveu uma autobiografia que se encontra facilmente por aí e que tem um título bem divertido.
O livro se chama “Capiba – Boletim de Ocorrências”.
Vamos com mais música para relembrar de Capiba – um compositor que é considerado um divisor de águas na música pernambucana.
O Trem das Onze vai relembrar dele convidando o ouvinte para embarcar na viagem do grande Lenine – ele, que é pernambucano como Capiba, fez a gravação de um medley reunindo músicas de quatro compositores de Pernambuco.
Lenine batizou esse medley de “Pernambuco Falando Para o Mundo”.
O meldey abre com um trecho de uma música chamada “Voltei Recife”, do pernambucano Luiz Bandeira.
Na seqüência, Lenine colou um trecho de “Frevo Ciranda”, de Capiba – trecho que diz “eu fui na praia do Janga pra ver a ciranda e seu cirandar / O mar estava tão belo e um peixe amarelo eu vi navegar / Não era peixe, não era / Era Iemanjá, a rainha, dançando a ciranda no meio do mar”.
Bom... depois Lenine vem com um trecho de “Sol e Chuva”, de Alceu Valença.
O meldey fecha com um trechinho de “Rios, Pontes e Overdrives”, de Chico Sciense.
No Trem das Onze, a gente relembra do compositor Capiba ouvindo essa gravação de Lenine.
É Pernambuco falando para o mundo.


Cleo Laine...


André Siqueira...



Música de Abertura...




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