quinta-feira, 4 de novembro de 2010

4 de Novembro



4 de Novembro de 1922
A gente abre o almanaque do Trem das Onze de hoje falando sobre a maldição do faraó.
04 de novembro de 1922 – dia em que um arqueólogo britânico Howard Carter descobriu o túmulo do faraó egípcio Tutankamon.
E logo que o arqueólogo abriu a tumba, deu de cara com uma inscrição que dizia o seguinte:
“A morte virá com asas ligeiras para aqueles que perturbarem o repouso do faraó”.
Era uma advertência contra possíveis violadores.

“A morte virá com asas ligeiras para aqueles que perturbarem o repouso do faraó”.
Na verdade, os arqueólogos não confirmaram a existência desse aviso no túmulo do faraó Tutankamon.
Mas é fato que a história da maldição ganhou força – principalmente quando o nobre inglês que financiou a expedição que descobriu o túmulo de Tutankamon, o Lorde Carnavon, morreu depois de ser picado por um mosquito.
Conta-se que outras vinte pessoas ligadas à descoberta da múmia de Tutankamon morreram de forma misteriosa.  
Quanto à Tutankamon, ele ficou conhecido como “faraó menino” – isso porque ele teria jovem.
O faraó teria morrido aos 18 anos de idade, num acidente com uma carruagem puxada por vários bois.
Outros dizem que Tutankamon teria morrido de malária.
De qualquer forma, o reinado dele como faraó durou apenas nove anos.


4 de Novembro de 1977
O 04 de novembro foi um dia que marcou por duas vezes a vida da escritora brasileira Raquel de Queiroz.
No 04 de novembro de 1977, por exemplo, Raquel de Queiros foi eleita para a Academia Brasileira de Letras – e não só isso: ela foi a primeira mulher a ingressar na academia.
O outro 04 de novembro que marca a biografia da escritora é o 04 de novembro do ano de 2003 – que é a data de morte de Raquel de Queiroz.
Raquel de Queiroz era prima do também escritor José de Alencar.

Entre os livros principais dela está o romance “o Quinze”, que tem como tema a seca do Nordeste.
Ela também escreveu livros infanto-juvenis, escreveu para o teatro e também crônicas.
Além disso, Raquel de Queiroz foi tradutora – entre os escritores que ele traduzui para o português estão Balzac e Dostoievski.


4 de Novembro de 1977
Dia em que estreou um filme, na verdade um documentário, que fez história e que hoje é imitado à exaustão pela indústria da música.
O filme em questão é “The Last Waltz” – traduzido aqui no Brasil como “O Último Concerto de Rock”.
Esse filme documenta o concerto de despedida de uma banda americana chamada The Band.
Essa banda, apesar de ter uma carreira própria, acompanhou grandes nomes da música e muitos desses grandes nomes participaram do tal concerto de despedida.
Entre eles estão Bob Dylan, Neil Young, Joni Mitchel, Eric Clapton, Van Morrison e o bluseiro Muddy Waters.

The Last Waltz


“The Last Waltz” foi inovador por vários motivos.
O primeiro foi a forma como o concerto foi filmado.
Outra inovação foi o uso de trechos de entrevistas intercalados com as músicas.
Bom... esse documentário tem pedigree – quem o concebeu e o filmou foi o hoje consagrado diretor Martin Scorsese (na época, um diretor ainda iniciante


4 de Novembro de 1992
Dia em que morreu o sujeito que lançou as carreiras de gente como Roberto e Erasmo Carlos, Tim Maia e Wilson Simonal, entre vários outros.
Carlos Imperial foi o nome desse sujeito que foi multimídia muito antes desse termo sequer ser imaginado.
Carlos Imperial produziu discos, lançou artistas como os já citados e que inclui artistas tão diferentes como Clara Nunes a Gretchen.
Ele também dirigiu filmes, apresentou programas de tevé e no rádio, foi compositor, colunista de jornal e foi até mesmo vereador na cidade do Rio de Janeiro.
Como gostava muito de aparecer, Carlos Imperial fazia de tudo para não sumir da mídia.
Por exemplo, ele carregou uma cruz nas costas pelo centro do Rio de Janeiro em protesto contra um diretor de teatro.

Carlos Imperial 

Na época da ditadura foi preso depois de enviar a alguns militares um cartão em que aparecia sentado numa privada com uma legenda que dizia:
“Espero que Papai Noel não faça no seu sapato o que faço neste cartão”.

Uma imagem que colou na figura de Carlos Imperial foi a de garanhão.
Isso porque ele foi produtor de pornochanchadas e também porque sempre vivia cercado de mulheres – eram as chamadas “lebres do Imperial”.
Mas vamos ao que interessa, que é o Carlos Imperial ligado à música – onde, aliás, ele esteve presente desde a bossa nova, passando pela MPB e, claro, o rock.
E agora, aqui no Trem das Onze, para lembrar de Carlos Imperial (uma espécie de malandro carioca mas com muita pimenta) vamos ouvir um dos cantores descobertos por ele, Wilson Simonal.



Arthur Moreira Lima se apresenta hoje em Londrina.
Confira gravações dele aqui no blog do Trem das Onze...


Música de Abertura...

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